quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Dúvidas sobre aquecimento global que ninguém nunca respondeu pra você

Dúvidas sobre aquecimento global que ninguém nunca respondeu pra você!! (até porque você nunca perguntaria!!rs)


Os puns humanos contribuem para o aquecimento global?
Texto de Rafael Tonon (Superinteressante)

Sim, meu caro. Seus gases são fonte de poluição. Isso porque as flatulências contêm um gás chamado metano (CH4), que colabora no agravamento do efeito estufa e é 23 vezes mais danoso que o dióxido de carbono (CO2) – o principal gás-estufa.
O metano está presente no pum de quase todos os animais, já que o sistema digestivo da maioria dos bichos tem bactérias que ajudam na digestão. São elas que produzem o metano que acaba tendo que ser eliminado pelo pum (ou pelo arroto).
Mas calma. Antes de ficar segurando seus gases e maneirar no consumo de repolho, lembre-se que, no caso do ser humano, a quantidade de metano (e de gás carbônico) é tão pequena que não podemos ser considerados poluentes pelas flatulências que soltamos por aí. “Uma pessoa emite cerca de 700 mililitros de gases por dia. Desse total, 360 mililitros são de hidrogênio, 68 de dióxido de carbono e apenas 26 são de metano”, afirma o gastroenterologista Dan Waitzberg, da Faculdade de Medicina da USP. Portanto, seu pum é bem pouco danoso – pelo menos no que diz respeito ao ambiente, claro.
Não se pode dizer o mesmo das flatulências das vacas, carneiros, cabras, veados e girafas. Esses animais são os grandes emissores de metano na atmosfera. Diferentemente de nós, o pum de um desses ruminantes é uma verdadeira bomba gasosa para o planeta. Isso porque esses animais contam com um número muito maior de bactérias para ajudá-los na digestão da glicose das folhas que comem. Dessa forma, a quantidade de metano produzida é alta no sistema digestivo de um ruminante (uma vaca, por exemplo, é capaz de emitir 250 mililitros de metano no ar por pum). Esse metano ajuda a criar na troposfera uma densa camada de gases que impede que parte do calor que incide sobre o nosso planeta seja liberada de volta para o espaço. Com isso, as temperaturas na Terra aumentam consideravelmente. Especialistas defendem que a flatulência desses animais é o 3º fator para o agravamento do aquecimento global, com 16% das emissões de gases-estufa, só perdendo para a queima de combustíveis fósseis e de florestas – ambos responsáveis pela emissão de dióxido de carbono no ar. Lembrando que, se nós, humanos, consumimos a carne bovina em larga escala, acabamos contribuindo com a criação de gado e, portanto, com seus gases.

O que é mais ecologicamente correto: fazer xixi na privada ou durante o banho?
Texto Paula Nadal (Superinteressante)
Por mais estranho que possa parecer, a resposta é no banho. A idéia é evitar o desperdício de água potável. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a cada descarga acionada são desperdiçados de 8 a 12 litros de água potável. Um adulto saudável produz entre 0,5 e 2,5 litros de urina por dia, expelidos, em média, em 4 idas ao banheiro. Isso significa um consumo estimado em 40 litros de água com descargas, enquanto um banho de chuveiro elétrico de 15 minutos, desligando-se o registro ao se ensaboar, consome 45 litros de água – o que quer dizer que pelo menos uma descarga pode ser economizada por dia.Até aí tudo bem. Mas o xixi escorrendo pelas pernas e caindo nos pés não é nojento? Nem tanto. “Não há com o que se preocupar. Afinal, estamos ali para nos lavar, e a água corrente leva tudo embora”, diz o biólogo Branco Chiacchio. Segundo o biomédico Roberto Figueiredo, o contato constante da urina com os pés pode causar, sim, o aparecimento de microorganismos como a Candida albicans, que causa o famoso pé-de-atleta. Além disso, o excesso de urina pode ser absorvido pelo rejunte do piso do banheiro, o que dificulta a higienização, além de servir como abrigo para germes e bactérias. Logo, se você resolver substituir a privada pelo chuveiro uma vez ao dia, faça o xixi logo no início do banho. E fique tranqüilo, pois esse xixi é composto de 95% de água e 5% de outras substâncias como uréia e sal. Tudo segue pelo ralo direto para as estações de tratamento, sem nenhum prejuízo à saúde.

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