quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O novo Youtube


Milhares de canais de TV. Um que só passa sua série favorita sem parar. Outro apenas com clipes da banda de que você mais gosta... Tudo de graça, com vídeo de alta qualidade – e sem intervalos comerciais. Essa é a proposta do Joost, o maior candidato a sucessor do YouTube. A coisa tem pedigree: seus criadores são os holandeses Niklas Zennstrom e Janus Friis, os mesmos inventores do KaZaA (que ajudou a mudar a indústria da música) e do Skype (que revolucionou a telefonia mundial). De cara, ele parece não ter nada de mais.

A primeira versão do programa, aida em testes, é basicamente uma biblioteca online de vídeos, onde você pode assistir meia dúzia de canais. Mas logo ele mostra a que veio. Por exemplo: o Joost permite assistir vídeos com definição de TV, mesmo que sua conexão à internet não seja lá essas coisas. Como ele faz isso? Simples: quando você sintoniza um canal do Joost, ele não pega o vídeo num servidor central, do outro lado do mundo. Encontra alguém perto de você (o seu vizinho, por exemplo) que já tenha assistido àquela programação e, aí, baixa os vídeos diretamente daquela pessoa, sem tráfego.

Na prática, a transmissão fica mais rápida – com uma banda larga de 500 kbps já dá pra ver os vídeos em tela cheia. Outra diferença é que o Joost não aceita vídeos enviados pelos internautas – todo o material é fornecido pelos criadores do programa. Ou seja: ele é à prova de pirataria. E por isso mesmo está conquistando as emissoras tradicionais (como a MTV americana, que já colocou clipes no Joost). “As pessoas querem ver TV pela internet. E as emissoras querem manter controle sobre seus vídeos. Com o Joost, juntamos as duas coisas”, diz Fredrik de Wahl, diretor de desenvolvimento do software. Os criadores querem fazer dinheiro com o Joost vendendo espaço para anúncios no meio da programação, como qualquer emissora faz. Mas prometem encher menos a sua paciência: só vai ter um minuto de propaganda a cada hora. Por enquanto, o Joost é apenas para convidados (como a Super, que testou em primeira mão). Os criadores só vão liberá-lo nos próximos meses. E se prepare: ele só funciona bem em máquinas com pelo menos 1 gigabyte de memória ram, ou seja, 4 vezes mais que a dos computadores mais em conta.

By: Superinteressante

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